Especialista diz que Ilha de Creta produz 95% de azeite extra virgem. Avaliadora explica detalhes do azeite que o consumidor deve saber avaliar.
Uma floresta de oliveiras cobre a maior parte da ilha. Com os ventos da primavera, as árvores parecem dançar. É quase impossível separar a história da Grécia da história do azeite de oliva. As duas andam meio entrelaçadas, sempre juntas. A prova disso é uma oliveira, a mais antiga da ilha de Creta, ela tem nada menos do que 3 mil anos de vida. O tronco vai engrossando cada vez mais, dentro dela existe até uma espécie de caverna. Mas todo ano quando chega o outono, a velha senhora rejuvenesce e se enche de frutos, como vem fazendo há centenas e centenas de anos.
A maioria das famílias da ilha tem azeite caseiro. Em média, elas produzem cinco mil litros por ano. Na casa dos Karapataki, a família vive da produção de azeite e do trabalho na pequena taverna.
Dona Archontissa diz que não enjoa nunca. “Nós herdamos dos nossos bisavós e usamos o azeite em tudo, diz ela. Vamos passar para nossos netos, eles usam e vão continuar usando”, conta a produtora de azeite Archontissa Karapataki.
É motivo de orgulho também. Segundo um especialista do Instituto da Oliveira, Creta produz 95% de azeite extra virgem. “O azeite é de alta qualidade e isso é uma tradição não apenas dos últimos anos, especialmente na área onde estamos. Koroneiki é a variedade das oliveiras daqui, uma das melhores do mundo”, explica o especialista do Instituto da Oliveira Giorgios Psarras.
O Globo Repórter foi até o Instituto para descobrir. Afinal, qual é o melhor azeite para a saúde? Lá são encontradas oito amostras de azeite, cinco não são boas, não tem qualidade, e outras são de muito boa qualidade.
Ao ser perguntada sobre os motivos de algumas amostras não estarem boas, a chefe do departamento de avaliação de azeites diz que problemas podem surgir na armazenagem. Os frutos podem fermentar, mofar, o que prejudica a qualidade.
Quando não está bom, é até mais fácil perceber, pelo cheiro. Mas e entre os que tem sabor e cheiro agradáveis? Até hoje, as análises químicas ainda não substituíram a análise feita por quem entende.
Os provadores treinados conseguem descrever minuciosamente a origem do azeite e até quando foi produzido. Diferenças muito sutis. Tarefa nada fácil.
A chefe dos avaliadores explica o que o consumidor comum deve saber. “Existe uma relação entre o sabor frutado, o gosto mais amargo e os fenóis contidos no azeite. Eles são antioxidantes e fazem bem para a saúde, assim podemos dizer que um azeite intensamente frutado, equilibrado, amargo e picante tem mais antioxidantes e é melhor para a saúde das pessoas”, diz a avaliadora de azeites Helena Babopoulou.
Então para quem vai comprar um azeite, a pessoa deve procurar um azeite jovem e bastante intenso, bastante picante, quase amargo, porque esse é o azeite que faz bem para a saúde.
Moro em São José dos Campos- SP. Gostaria de saber onde encontro o azeite produzido em Baependí para comprar.
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