A Folia de Reis, ou Festa de Reis, é uma celebração tradicional cristã originária na Espanha e Portugal e trazida para o Brasil por volta do século XIX. Considerada uma manifestação folclórica, embora no Brasil seja uma festa de menor peso que outras tradições cristãs como a páscoa e o natal, ainda é muito presente no imaginário coletivo principalmente em Minas Gerais.

     A Folia de Reis é a primeira grande tradição cristã do ano, e uma festa importante para a cultura e folclore brasileiro.

                História do Reis Magos

A celebração da Folia de Reis está associada com a comemoração da visita dos três reis magos, Belchior, Baltazar e Gaspar, à Jesus.

De acordo com a história da tradição, Belchior, Baltazar, Gaspar seriam sábios vindos do Oriente que receberam em sonho a informação que estaria para nascer o novo messias e, guiados por uma estrela (a Estrela de Belém), fizeram a peregrinação de seis dias para Jerusalém. Logo antes de chegarem a Jerusalém os três reis teriam se encontrado com o imperador Herodes e compartilhado que estavam a caminho de presenciar o nascimento do menino.

Após o nascimento e após deixarem os presentes ao menino Jesus (incenso, mirra e ouro), os Reis teriam sido avisados por meio de sonhos mais uma vez que se voltassem pelo mesmo caminho que tinham vindo, Herodes os ia perseguir, por estar se sentindo ameaçado pelo possível nascimento de um messias.

Os reis então teriam se fantasiado e separado, tomando outros caminhos de volta ao Oriente em festa, passando pelas cidades cantando e comemorando o nascimento de Jesus.

                Simbologia

                Existe uma  certa simbologia associada à história dos Reis. Quando se é falado que os Reis eram “Magos” ao contrário do que podemos pensar eles não seriam feiticeiros. O termo “mago” era usado para pessoas sábias e com conhecimento em astronomia. Faria sentido pensar nos três astrônomos sendo guiados por uma estrela. A estrela de Belém, por sua vez, pode ser interpretada como a estrela D’Alva, que é a primeira estrela a ser visível de noite e que na realidade não é uma estrela, e sim o planeta Vênus.

                Os presentes entregues a Jesus também carregam significado: a mirra é um composto usado em embalsamentos, representando a ressurreição e a imortalidade. O incenso era comumente usado dentro de templos e normalmente só sacerdotes eram presenteados com incenso, representando a divindade do menino e a fé. O ouro representa a realeza de Jesus, o rei dos judeus.

                A Folia

                Atualmente a Folia de Reis no Brasil é comemorada por uma peregrinação de doze dias, começando na véspera de natal e terminando no dia 6 de Janeiro, o Dia de Reis. De acordo com o IEPHA/MG (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), apenas em Minas Gerais estão cadastradas mais de mil companhias de Folias, sendo a maioria delas em devoção aos Santos Reis, mas algumas também devotas de outros Santos e que comemoram em outros períodos do ano.

                Tradicionalmente o grupo de Folia passa de cidade em cidade, casa em casa, dançando, fazendo música e comemorando. Alguns grupos ainda seguem a regra de não voltar com a bandeira uma vez que ela passa, fazendo alusão à perseguição de Herodes aos Reis.

A companhia possui alguns personagens para a festança: três pessoas saem personificadas dos três Reis Magos; normalmente três pessoas saem de Bastiões (ou palhaços), que são os que protegem a bandeira do grupo; o Coro, composto pelos que tocam os instrumentos e cantam; o Mestre (ou embaixador), que guia e coordena a Folia; o Festeiro, que é normalmente a pessoa a qual a residência é a saída e chegada da Folia; e o Bandeireiro (ou alferes da bandeira), que carrega a bandeira da companhia. A bandeira representa diretamente o menino Jesus e é feita de pano brilhante e colada uma estampa de quem o grupo é devoto.

                No final da peregrinação tem a Festa dos Reis, onde as comemorações variam de acordo com a região do país.

Sobre a autora

Taina Bianco Ferreira é Bacharela em Artes e Design pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Está se especializado em Artes Visuais e atualmente é bolsista no Fórum da Cultura de Juiz de Fora no projeto Museu da Cultura Popular.

A Folia de Reis, ou Festa de Reis, é uma celebração tradicional cristã originária na Espanha e Portugal e trazida para o Brasil por volta do século XIX. Considerada uma manifestação folclórica, embora no Brasil seja uma festa de menor peso que outras tradições cristãs como a páscoa e o natal, ainda é muito presente no imaginário coletivo principalmente em Minas Gerais.

     A Folia de Reis é a primeira grande tradição cristã do ano, e uma festa importante para a cultura e folclore brasileiro.

                História do Reis Magos

A celebração da Folia de Reis está associada com a comemoração da visita dos três reis magos, Belchior, Baltazar e Gaspar, à Jesus.

De acordo com a história da tradição, Belchior, Baltazar, Gaspar seriam sábios vindos do Oriente que receberam em sonho a informação que estaria para nascer o novo messias e, guiados por uma estrela (a Estrela de Belém), fizeram a peregrinação de seis dias para Jerusalém. Logo antes de chegarem a Jerusalém os três reis teriam se encontrado com o imperador Herodes e compartilhado que estavam a caminho de presenciar o nascimento do menino.

Após o nascimento e após deixarem os presentes ao menino Jesus (incenso, mirra e ouro), os Reis teriam sido avisados por meio de sonhos mais uma vez que se voltassem pelo mesmo caminho que tinham vindo, Herodes os ia perseguir, por estar se sentindo ameaçado pelo possível nascimento de um messias.

Os reis então teriam se fantasiado e separado, tomando outros caminhos de volta ao Oriente em festa, passando pelas cidades cantando e comemorando o nascimento de Jesus.

                Simbologia

                Existe uma  certa simbologia associada à história dos Reis. Quando se é falado que os Reis eram “Magos” ao contrário do que podemos pensar eles não seriam feiticeiros. O termo “mago” era usado para pessoas sábias e com conhecimento em astronomia. Faria sentido pensar nos três astrônomos sendo guiados por uma estrela. A estrela de Belém, por sua vez, pode ser interpretada como a estrela D’Alva, que é a primeira estrela a ser visível de noite e que na realidade não é uma estrela, e sim o planeta Vênus.

                Os presentes entregues a Jesus também carregam significado: a mirra é um composto usado em embalsamentos, representando a ressurreição e a imortalidade. O incenso era comumente usado dentro de templos e normalmente só sacerdotes eram presenteados com incenso, representando a divindade do menino e a fé. O ouro representa a realeza de Jesus, o rei dos judeus.

                A Folia

                Atualmente a Folia de Reis no Brasil é comemorada por uma peregrinação de doze dias, começando na véspera de natal e terminando no dia 6 de Janeiro, o Dia de Reis. De acordo com o IEPHA/MG (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), apenas em Minas Gerais estão cadastradas mais de mil companhias de Folias, sendo a maioria delas em devoção aos Santos Reis, mas algumas também devotas de outros Santos e que comemoram em outros períodos do ano.

                Tradicionalmente o grupo de Folia passa de cidade em cidade, casa em casa, dançando, fazendo música e comemorando. Alguns grupos ainda seguem a regra de não voltar com a bandeira uma vez que ela passa, fazendo alusão à perseguição de Herodes aos Reis.

A companhia possui alguns personagens para a festança: três pessoas saem personificadas dos três Reis Magos; normalmente três pessoas saem de Bastiões (ou palhaços), que são os que protegem a bandeira do grupo; o Coro, composto pelos que tocam os instrumentos e cantam; o Mestre (ou embaixador), que guia e coordena a Folia; o Festeiro, que é normalmente a pessoa a qual a residência é a saída e chegada da Folia; e o Bandeireiro (ou alferes da bandeira), que carrega a bandeira da companhia. A bandeira representa diretamente o menino Jesus e é feita de pano brilhante e colada uma estampa de quem o grupo é devoto.

                No final da peregrinação tem a Festa dos Reis, onde as comemorações variam de acordo com a região do país.

Sobre a autora

Taina Bianco Ferreira é Bacharela em Artes e Design pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Está se especializado em Artes Visuais e atualmente é bolsista no Fórum da Cultura de Juiz de Fora no projeto Museu da Cultura Popular.